VMWare ou VirtualBox: qual o melhor programa para criar máquina virtual?
A virtualização é um processo que permite rodar mais de um sistema operacional em uma mesma máquina. Atualmente, ela deixou de ser um recurso inacessível e conta com ótimas soluções voltadas para o usuário final. Dentre as que mais se destacam, estão o VMWare Workstation e o VirtualBox. Mas, afinal, qual deles é a melhor solução para criar máquinas virtuais?
Para responder esta pergunta, é necessário fazer uma análise critica de alguns aspectos importantes desse tipo de programa e comparar as duas opções. Antes de continuar é importante lembrar que as soluções analisadas são para o uso em desktops.
Plataformas
Um virtualizador permite instalar diferentes sistemas operacionais e rodá-los dentro de outro. Mas além desta característica, é importante que ele também possa ser utilizado em diferentes plataformas, para que não limite sua utilização (e seus usuários) a apenas um tipo de SO.
O VMWare Workstation tem versões para Windows e Linux, e no Mac a solução da VMWare chama-se Fusion. O VirtualBox ganha neste quesito, por ter suporte a uma variedade bem maior de plataformas. O programa é compativel com Windows, Mac OS X, Linux e Solaris, tanto para 32 como 64 bits.
Além disso, no VirtualBox pode ser instalado em sistemas operacionais que seguem o padrão Unix, devido a similaridade de alguns com os sistemas suportados (como o Linux e o Solaris). A partir disso, conclui-se que ele oferece mais opções para quem precisa de um sistema multiplataforma.
Custo
O custo de um programa não se limita a apenas seu preço: ele pode estar também na necessidade de uma mão de obra mais especializada para utilizá-lo, na aquisição de softwares complementares para corrigir deficiências e em diversos outros fatores que geram mais despesas na hora de usá-lo.
O VMWare, pode ser usado gratuitamente por um período de testes, mas custa pouco mais de U$S 249 (cerca de R$ 498). Já a versão binária do VirtualBox, que inclui extensões proprietárias - tais como suporte USB 2.0 - é gratuito para uso pessoal, mas requer licenciamento comercial para a implantação profissional. Apesar disso, o VMWare possui algumas funcionalidades que podem fazer valer a pena pagar por ele.
Contudo, decidir qual dos dois é a melhor opção baseando-se no preço, dependerá mais da necessidade de cada um. Isso é algo que deve ser bem avaliado e só pode ser feito pelo próprio usuário, o que é possível graças ao período de testes do VMWare e a licença gratuita do VirtualBox.
Facilidade de uso
Ambas as soluções, por serem voltadas para usuários finais, são consideradas ferramentas fáceis de usar. Descontando o período de adaptação ao estilo da interface de cada um deles, a curva de aprendizagem é pequena e em pouco tempo já é possível criar, alterar, deletar e executar máquinas virtuais nos dois programas.
O único complicador para um usuário iniciante nessas ferramentas é a própria complexidade de cada um em relação aos conceitos e recursos disponibilizados, o que é consequência direta de tais opções. Nesse item, o VMWare Workstation por ser uma ferramenta mais profissional, é de longe o mais complexo.
Utilização de recursos e desempenho
Quanto mais poderoso é o software, consequentemente maior é o seu tamanho. Com os dois virtualizadores abertos, basta uma olhada rápida na aba “Processos” do Gerenciador de tarefas do Windows, por exemplo, para confirmar que o Workstation consome mais memória do computador.
Embora isto seja um fator determinante para quem dispõe de equipamento com capacidade limitada, não se pode condenar um aplicativo por simplesmente por ser mais pesado. No entanto, o importante é medir o desempenho geral do produto e verificar a estabilidade do mesmo diante de uso intenso ou em situações comuns.
Ao analisar a utilização da memória com as máquinas virtuais sendo executadas, percebe-se que o VirtualBox tem um elevado consumo de RAM. Isso prova que é preciso ir a fundo nas comparações de uso da memória, se quiser escolher a ferramenta certa a partir deste quesito em especial.
Já a medição do desempenho entre virtualizadores é algo mais complicado, por causa de suas características e variedade de comportamentos decorrentes dos sistemas operacionais hospedados. Um pequeno benchmark entre os dois virtualizadores foi realizado por um usuário do fórum Stack Overflow. As medições feitas no HD Tune e no SiSoft Sandra Light demonstram claramente que o VirtualBox supera o VMWare em alguns aspectos e perde em outros, o que torna mais dificil ainda decidir qual dos dois é a melhor opção.
Complementos
Os dois virtualizadores analisados nesta matéria são produtos bem completos: basta baixar e instalar para começa a usá-los. Ma,s para facilitar algumas tarefas, ambos possuem um complemento fornecido separadamente. No caso do VMWare, ele se chama VMWare Tools e o do VirtualBox, Extension Pack.
Ambos os complementos são ótimos e devem ser o primeiro item instalado depois dos virtualizadores. Eles tornam bem melhor o uso dos programas, mas cada um deles tem suas características próprias.
saiba mais
O Extension Pack adiciona uma melhor interação do sistema operacional hospedeiro com o convidado e facilita a instalação de alguns hardwares dentro da máquina virtual, melhora a resolução do SO instalada e a troca de informações através da área de transferência entre a máquina real e a virtual.
Já o VMWare Tools é um “pacote de drivers” que ajuda a melhorar o funcionamento do sistema instalado no VMWare. Ele aperfeiçoa o desempenho da placa gráfica, permite alterar a resolução da tela e a troca de arquivos entre o seu sistema nativo e a máquina virtual com um simples arrastar e soltar, além de simplificar o uso do mouse dentro e fora da janela da máquina virtual.
Recursos
A versão 9 do VMWare Workstation traz uma série de novas funcionalidades ao produto e colocá-las todas em um só lugar corre o risco de tornar o programa irresistível. A mais visível dessas novidades é o suporte para o Windows 8 e USB 3.0; drivers gráficos melhorados, que incluem suporte a OpenGL para os clientes Linux; virtualização aninhada; e uma série de melhorias de gestão de controle remoto e VM.
Já no VirtualBox em sua versão 4.2, o suporte a USB 2.0 é limitado, mas permite fazer diversos ajustes na configuração individual das máquinas virtuais, aumentar ou diminuir a memória, definir quantos núcleos terá o processador, adicionar e remover discos, ativar ou desativar o acesso a dispositivos USB e muito mais. Para completar, é possível criar pastas compartilhadas para fazer troca de arquivos entre o computador e o novo SO.
À medida que os dois virtualizadores são avaliados em cada quesito, conclui-se que é preciso pesar muito mais que apenas os itens acima para decidir qual utilizar. Ambos são ótimas ferramentas de virtualização e a decisão final sobre qual utilizar depende, além dos quesitos já citados, da necessidade, preferência e do quanto o usuário está disposto a investir para usá-los. E você, qual dos dois achou que é melhor
?
?