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quinta-feira, 2 de maio de 2013


VMWare ou VirtualBox: qual o melhor programa para criar máquina virtual?


A virtualização é um processo que permite rodar mais de um sistema operacional em uma mesma máquina. Atualmente, ela deixou de ser um recurso inacessível e conta com ótimas soluções voltadas para o usuário final. Dentre as que mais se destacam, estão o VMWare Workstation e o VirtualBox. Mas, afinal, qual deles é a melhor solução para criar máquinas virtuais?
VMWware e VirtualBox, qual o melhor virtualizador ? (Foto: Divulgação)VMWware e VirtualBox, qual o melhor virtualizador ? (Foto: Divulgação)
Para responder esta pergunta, é necessário fazer uma análise critica de alguns aspectos importantes desse tipo de programa e comparar as duas opções. Antes de continuar é importante lembrar que as soluções analisadas são para o uso em desktops.
Plataformas
Um virtualizador permite instalar diferentes sistemas operacionais e rodá-los dentro de outro. Mas além desta característica, é importante que ele também possa ser utilizado em diferentes plataformas, para que não limite sua utilização (e seus usuários) a apenas um tipo de SO.
O VMWare Workstation tem versões para Windows e Linux, e no Mac a solução da VMWare chama-se Fusion. O VirtualBox ganha neste quesito, por ter suporte a uma variedade bem maior de plataformas. O programa é compativel com Windows, Mac OS X, Linux e Solaris, tanto para 32 como 64 bits.
Além disso, no VirtualBox pode ser instalado em sistemas operacionais que seguem o padrão Unix, devido a similaridade de alguns com os sistemas suportados (como o Linux e o Solaris). A partir disso, conclui-se que ele oferece mais opções para quem precisa de um sistema multiplataforma.
VirtualBox pode ser instalado em Windows, Mac e Linux (Foto: Reprodução/Vida de Engenheiro)VirtualBox pode ser instalado em Windows, Mac e Linux (Foto: Reprodução/Vida de Engenheiro)
Custo
O custo de um programa não se limita a apenas seu preço: ele pode estar também na necessidade de uma mão de obra mais especializada para utilizá-lo, na aquisição de softwares complementares para corrigir deficiências e em diversos outros fatores que geram mais despesas na hora de usá-lo.
O VMWare, pode ser usado gratuitamente por um período de testes, mas custa pouco mais de U$S 249 (cerca de R$ 498). Já a versão binária do VirtualBox, que inclui extensões proprietárias - tais como suporte USB 2.0 - é gratuito para uso pessoal, mas requer licenciamento comercial para a implantação profissional. Apesar disso, o VMWare possui algumas funcionalidades que podem fazer valer a pena pagar por ele.
Contudo, decidir qual dos dois é a melhor opção baseando-se no preço, dependerá mais da necessidade de cada um. Isso é algo que deve ser bem avaliado e só pode ser feito pelo próprio usuário, o que é possível graças ao período de testes do VMWare e a licença gratuita do VirtualBox.
Facilidade de uso
Ambas as soluções, por serem voltadas para usuários finais, são consideradas ferramentas fáceis de usar. Descontando o período de adaptação ao estilo da interface de cada um deles, a curva de aprendizagem é pequena e em pouco tempo já é possível criar, alterar, deletar e executar máquinas virtuais nos dois programas.
O único complicador para um usuário iniciante nessas ferramentas é a própria complexidade de cada um em relação aos conceitos e recursos disponibilizados, o que é consequência direta de tais opções. Nesse item, o VMWare Workstation por ser uma ferramenta mais profissional, é de longe o mais complexo.
Utilização de recursos e desempenho
Quanto mais poderoso é o software, consequentemente maior é o seu tamanho. Com os dois virtualizadores abertos, basta uma olhada rápida na aba “Processos” do Gerenciador de tarefas do Windows, por exemplo, para confirmar que o Workstation consome mais memória do computador.
VirtualBox e VMWare: Quem consome mais memória? (Foto: reprodução/Edivaldo Brito)VirtualBox e VMWare: Quem consome mais memória? (Foto: reprodução/Edivaldo Brito)
Embora isto seja um fator determinante para quem dispõe de equipamento com capacidade limitada, não se pode condenar um aplicativo por simplesmente por ser mais pesado. No entanto, o importante é medir o desempenho geral do produto e verificar a estabilidade do mesmo diante de uso intenso ou em situações comuns.
Ao analisar a utilização da memória com as máquinas virtuais sendo executadas, percebe-se que o VirtualBox tem um elevado consumo de RAM. Isso prova que é preciso ir a fundo nas comparações de uso da memória, se quiser escolher a ferramenta certa a partir deste quesito em especial.
Já a medição do desempenho entre virtualizadores é algo mais complicado, por causa de suas características e variedade de comportamentos decorrentes dos sistemas operacionais hospedados. Um pequeno benchmark entre os dois virtualizadores foi realizado por um usuário do fórum Stack Overflow. As medições feitas no HD Tune e no SiSoft Sandra Light demonstram claramente que o VirtualBox supera o VMWare em alguns aspectos e perde em outros, o que torna mais dificil ainda decidir qual dos dois é a melhor opção.
Comparativo de desempenho (Foto: Reprodução/Stack Overflow)Comparativo de desempenho (Foto: Reprodução/Stack Overflow)
Complementos
Os dois virtualizadores analisados nesta matéria são produtos bem completos: basta baixar e instalar para começa a usá-los. Ma,s para facilitar algumas tarefas, ambos possuem um complemento fornecido separadamente. No caso do VMWare, ele se chama VMWare Tools e o do VirtualBox, Extension Pack.
Ambos os complementos são ótimos e devem ser o primeiro item instalado depois dos virtualizadores. Eles tornam bem melhor o uso dos programas, mas cada um deles tem suas características próprias.
O Extension Pack adiciona uma melhor interação do sistema operacional hospedeiro com o convidado e facilita a instalação de alguns hardwares dentro da máquina virtual, melhora a resolução do SO instalada e a troca de informações através da área de transferência entre a máquina real e a virtual.
Já o VMWare Tools é um “pacote de drivers” que ajuda a melhorar o  funcionamento do sistema instalado no VMWare. Ele aperfeiçoa o desempenho da placa gráfica, permite alterar a resolução da tela e a troca de arquivos entre o seu sistema nativo e a máquina virtual com um simples arrastar e soltar, além de simplificar o uso do mouse dentro e fora da janela da máquina virtual.
Recursos
A versão 9 do VMWare Workstation traz uma série de novas funcionalidades ao produto e colocá-las todas em um só lugar corre o risco de tornar o programa irresistível. A mais visível dessas novidades é o suporte para o Windows 8 e USB 3.0; drivers gráficos melhorados, que incluem suporte a OpenGL para os clientes Linux; virtualização aninhada; e uma série de melhorias de gestão de controle remoto e VM.
Já no VirtualBox em sua versão 4.2, o suporte a USB 2.0 é limitado, mas permite fazer diversos ajustes na configuração individual das máquinas virtuais, aumentar ou diminuir a memória, definir quantos núcleos terá o processador, adicionar e remover discos, ativar ou desativar o acesso a dispositivos USB e muito mais. Para completar, é possível criar pastas compartilhadas para fazer troca de arquivos entre o computador e o novo SO.
À medida que os dois virtualizadores são avaliados em cada quesito, conclui-se que é preciso pesar muito mais que apenas os itens acima para decidir qual utilizar. Ambos são ótimas ferramentas de virtualização e a decisão final sobre qual utilizar depende, além dos quesitos já citados, da necessidade, preferência e do quanto o usuário está disposto a investir para usá-los. E você, qual dos dois achou que é melhor
?